A célebre canção 'Entre Tapas e Beijos', da dupla Leandro & Leonardo, traduz bem a trajetória de outro fenômeno sertanejo. Em entrevista para divulgar o novo CD e DVD, ‘Ao Vivo Em Floripa’, os mineiros Victor & Leo discordam sobre várias coisas. E, ao provocá-los a resgatar lembranças da infância e adolescência, constata-se que sempre foi assim. Aliás, antes, era pior. Coisa de irmãos.
“Ele já arrancou muito sangue meu”, conta Leo, 35, um ano e meio mais novo, às gargalhadas. “Mas eu também já tirei sangue dele”, completa, deixando escapar um ar de vingança. Hoje, claro, as diferenças são resolvidas de forma mais civilizada. “Nós somos muito diferentes, mas, depois de 20 anos de carreira, conseguimos atingir uma certa maturidade”, garante o caçula.
Já Victor descarta tal classificação: “Em 2007, gravamos um DVD em Uberlândia, Minas Gerais, aí foi a mesma coisa: todo mundo começou a achar que lá brotavam duplas”.
Mas nem tudo é discordância entre eles. As ideias se afinam quando analisam a recente geração sertaneja. “Tem muito artista aí que diz que é sertanejo só por causa do bom momento que o estilo está vivendo”, avalia Leo.
Mas nem tudo é discordância entre eles. As ideias se afinam quando analisam a recente geração sertaneja. “Tem muito artista aí que diz que é sertanejo só por causa do bom momento que o estilo está vivendo”, avalia Leo.
Victor, desta vez, faz coro, e vai mais fundo na visão crítica: “É uma turma que nunca curou um leitão na vida. O rótulo ‘sertanejo’ está em alta, mas a verdadeira música sertaneja está em baixa. Se for olhar os eventos atuais do gênero, não tem nada de sertão, nem uma fogueira”, lamenta.
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