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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Príncipe Harry vem ao Brasil promover Reino Unido

matéria do site: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1036709-principe-harry-vem-ao-brasil-promover-reino-unido.shtml

O ministro do Exterior britânico, William Hague, anunciou nesta quinta-feira no Rio que o príncipe Harry, 29, filho mais novo do príncipe Charles e da princesa Diana, vem ao Brasil em março. Ele fará no Pão de Açúcar, Rio, em data ainda a ser marcada, um evento de lançamento da campanha Great, que visa promover o Reino Unido no exterior.
Segundo o consulado britânico no Rio, a campanha ressalta os "pontos positivos" do país, em torno de palavras como inovação, criatividade, sustentabilidade e conhecimento.

No final do ano passado, o FMI e centros de pesquisa projetaram que neste ano, por causa da crise econômica nos países desenvolvidos, o Reino Unido perderá para o Brasil o posto de 6ª maior economia do mundo. Em 2009, logo em seguida ao estouro da bolha financeira, o PIB (Produto Interno Bruto) britânico teve queda de 4,9%.

Em seu discurso, depois de um encontro com o governador Sérgio Cabral (PMDB), Hague disse que seu país está determinado a fortalecer os laços políticos, culturais e econômicos com o Brasil e outros países do Sul geopolítico e da Ásia, sem detrimento de seu "papel na Europa" e sua "aliança indispensável" com os EUA. Segundo ele, o objetivo é dobrar o comércio bilateral até 2015.

"Queremos uma relação de trabalho com o Brasil forte e entre iguais", disse o chanceler britânico, que reiterou o apoio à candidatura brasileira a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança. Segundo ele, o Reino Unido não teme a mudança em curso nas relações internacionais, "que não são mais dominadas por um pequeno grupo e nunca voltarão a ser".

DIVERGÊNCIAS
Hague falou das divergências com o Brasil em relação ao Irã e à intervenção da Otan (aliança militar ocidental) na Líbia, que no ano passado resultou na queda do ditador Muammar Gaddafi, assassinado pelos rebeldes. Ele disse que a operação no país do norte da África foi "necessária, legal e correta", numa resposta indireta às criticas do Brasil e dos demais países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Segundo essas países, a intervenção ultrapassou os limites do mandato conferido à força de intervenção pelo Conselho de Segurança da ONU, que era proteger civis de um suposto massacre iminente pelas forças de Gaddafi. Além de ter apoiado com bombardeios a ofensiva dos rebeldes líbios até Trípoli, os países da Otan forneceram armas aos insurgentes, o que foi considerado um rompimento do embargo à venda de armamentos à Líbia determinado também pelo Conselho de Segurança.

O chanceler britânico disse que a intervenção perdurou porque Gaddafi não aceitou nenhuma proposta de negociação. Na época da intervenção, a União Africana tentava uma mediação entre o regime e os rebeldes.
Hague reconheceu que há divergências com o Brasil sobre intervenções armadas em defesa da proteção de direitos humanos. Mas disse que está disposto a discutir a proposta brasileira de institucionalização do conceito da "responsabilidade ao proteger" civis, que visa fixar regras mais claras sobre essas operações, de modo que elas não causem efeitos piores do que as violações de direitos humanos que pretendem evitar.

Hague também reconheceu que o Brasil se opõe às novas sanções contra o Irã que vem sendo discutidas pela União Europeia, mas disse que os dois países têm o objetivo comum de evitar a proliferação de armas nucleares. Ele repetiu que não defende uma ação armada contra o Irã, mas o que chamou de "pressões pacíficas".

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