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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os tormentos voluntários - O evangelho segundo o espiritismo

O homem está incessantemente em busca da felicidade que lhe escapa sem cessar, porque a felicidade sem mescla não existe na terra. Entretanto, malgrado as vicissitudes que formam o cortejo inevitável desta vida, poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa, mas ele  a procura nas coisas perecíveis e sujeitas as mesmas vicissitudes, quer dizer, nos prazeres maternais, ao invés de a procurar nos prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestes, imperecíveis; em lugar de procurar a paz no coração, unica felicidade real deste mundo, é ávido de tudo aquilo que pode agitá-lo e pertubá-lo; e, coisa singular, parece criar propositadamente tormentos que não cabe senão a ele evitar.
Haverá maiores tormentos que aqueles causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento não há repouso; estão perpetuamente em febre; o que eles não têm e o que os outros possuem lhes causam insonia; os sucessos dos seus rivais lhes dão vertigem; sua emulação nao se exerce senão para eclipsar seus vizinhos, toda sua alegria está em excitar nos insensatos como eles a cólera do ciúme de que estão possuídos. Pobres insensatos, como efeito, que não sonham que talvez amanha lhes será  preciso deixar todas essas futilidades cuja cobiça envenena sua vida! Nao é a eles que se aplicam estas palavras: "Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados", porque seus cuidados não daqueles que tem compensação no céu.

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